Mulheres jogam bola
Desde a infância, garotos ganham bolas e garotas ganham bonecas. O rótulo de que futebol é “coisa de menino” fica registrado cedo nas vidas dos brasileiros.
Hoje, apesar da pouca divulgação e falta de patrocínio, muitas atletas sonham com a chance de fazer do esporte sua profissão. Assim como os meninos das categorias de base dos clubes, elas começam cedo.
Silvia Mota , 26 anos, joga no time do Juventus desde os 16 e tem o futebol como sua segunda opção de carreira. Talvez um dia, se o rótulo de “jogo de menino” for quebrado, Silvias, Marias e Alices terão a oportunidade de jogar bola profissionalmente.
Para a técnica do time feminino do Juventus, Magali Fernandes, é necessário que haja mais interesse tanto da população quanto do governo para que o quadro se modifique: “poucos times contratam as jogadoras como profissionais, não tem carteira assinada, nada disso”, lamenta a técnica.
Pesquisas feitas pela Universidade de São Paulo com professores de Educação física mostram que muitos ainda acham que o futebol é violento para meninas.
Ao mesmo tempo, há escolas na rede pública e na particular que já incentivam a pratica do futebol também para as alunas. O tabu de que jogar bola é coisa de menino já está começando a ser quebrado.
